quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

minha ilha do faial

O Prinsendam da Holland America Line escalou hoje a cidade da Horta, na ilha do Faial nos Açores. Com procedência do porto de Fort Lauderdale, Flórida nos Estados Unidos, está a efectuar novamente a segunda travessia transatlântica deste ano para a Europa. Ficou fundeado pela manhã ao largo da cidade da Horta e vai rumar pelas 18h ao porto de Ponta Delgada..
Prinsendam da Holland America Line escalou hoje a cidade da Horta, na ilha do Faial nos Açores. Com procedência do porto de Fort Lauderdale, Flórida nos Estados Unidos, está a efectuar novamente a segunda travessia transatlântica deste ano para a Europa. Ficou fundeado pela manhã ao largo da cidade da Horta e vai rumar pelas 18h ao porto de Ponta Delgada.



 a ilha do Faial situa-se no extremo ocidental do Grupo Central do arquipélago dos Açores, separada da ilha do Pico por um estreito braço de mar com de 8,3 km (ou 4,5 milhas náuticas) de largura, conhecido por canal do Faial. A ilha tem a forma aproximada de um pentágono irregular, com 21 km de comprimento no sentido leste-oeste e uma largura máxima de 14 km, a que corresponde uma área de 172,43 km². A população residente é de 15 063 habitantes (2001), a maioria dos quais na Horta, cidade onde se localiza o parlamento açoriano e sede do único concelho da ilha. O clima é temperado oceânico, com temperaturas médias anuais do ar que oscilam entre os 13º C no Inverno e os 22°C no Verão, com frequentes vendavais e uma humidade relativa do ar em média acima dos 79%. A ilha é servida pelo Aeroporto da Horta, com ligações aéreas regulares para as restantes ilhas e para o exterior do arquipélago. O Porto da Horta foi um importante entreposto nas ligações marítimas e aéreas (hidroaviões) e por cabo submarino no Atlântico Norte, mantendo uma actividade relevante como porto comercial e local de escala de iates nas travessias entre o continente americano e a Europa. A ilha é localmente conhecida por ilha
 Azul, designação que foi popularizada a partir da descrição de Raul Brandão em Ilhas Desconhecidas.[1]


Passeio – Ilha do Faial, Açores

A volta à caldeira

Outra sugestão é no Faial, ilha conhecida pela marina da Horta e pelo vulcão dos Capelinhos. 0 vulcão dos Capelinhos foi o último em actividade no nosso território, em 1957-8. À parte estas atracções, para muitos o Faial é uma ilha menos bonita, menos interessante que outras açoria­nas. Mas a ilha Azul, como baptizou o escritor Raul Brandão, tem muitos mais atractivos. As condições são excelentes para vários desportos de aventura: caminhadas, BTT, caiaque de mar, mergulho, windsurf, vela, observação de baleias e golfinhos, pesca e parapente. Propomos uma caminhada à volta da caldeira do vulcão a pé, um percurso fácil, que se faz em metade do dia e tem vistas espectaculares para dentro e para fora da cratera deste extinto vulcão. A caminhada começa no parque de esta­cionamento da caldeira onde é possível chegar de táxi ou de carro. É recomendá­vel começar para o lado direito (norte)ilha do faial 2 300x226 Passeio   Ilha do Faial, Açorespor cima de um túnel que dá acesso a um miradouro com vista para dentro da cal­deira. Caminha ao longo da crista e o per­curso, embora não identificado, é bastan­te óbvio. Às vezes há cercas de gado que devem ser fechadas quando passares por elas. Do lado interior podemos observar a enorme cratera com 400 metros de pro­fundidade e 2 km de diâmetro. Do lado de fora, começamos por ver a zona nordeste do Faial com o farol da ribeirinha na ponta. Mais ao fundo avistamos, quase de perfil, a ilha de S. Jorge. Ainda mais longe, em dias excepcionais, conseguimos ver a ilha da Graciosa. No lado norte, as linhas de água são muito pro­fundas e estão preenchidas por tufos imensos de hortênsias azuis e brancas. Estas inúmeras linhas de água descem montanha abaixo na direcção do Salão, dos Cedros e da Praia do Norte revelando que este é o lado da ilha mais exposto às chuvas. Continua por estas veredas e já virado a oeste irás avistar três crateras mais pequenas: o Cabeço Verde, o Cabeço do Fogo e o Cabeço da Fonte. Estão alinhadas com o Vulcão dos Capelinhos que fica no limite oeste da ilha e que se distingue claramente dos outros por não ser verde mas sim castanho devido à sua eru­pção muito mais recente. A perspectiva que esta caminhada nos dá da ilha é muito abrangente e conseguimos localizar e relacionar no terreno acidentes geológicos que de outra forma só no mapa é possível, quase como uma vista aérea. Se te virares a sul, sempre pela crista da cra­tera, irás encontrar a estrada de aLcatrão que se dirige ao ponto mais alto do Faial, o Cabeço Gordo, a 1043 metros de altitude. Caminha ao lado da estrada até às antenas e daí volta para baixo na direcção novamente do parque de estacionamento da caldeira, onde começa o passeio. Terás então à frente o imponente e magnífico Pico, o ponto mais alto de Portugal, com 2351 metros.ilha do faial 3 300x199 Passeio   Ilha do Faial, Açores
A caminhada dura cerca de 3 horas e devemos ter em atenção que o tempo nos Açores é muito irregular. Consulta a previsão meteorológica e leva um corta-vento e alguns agasalhos para a chuva. Nalgumas zonas da caminhada há algumas falésias que estão mais expostas e não têm protecções. Nessas zonas, escolhe o trilho mais distante das falésias. Todas estas vistas só são observáveis em dias de boa visibilidade. A melhor altura é o Verão mas noutras épocas do ano também podemos ter a sorte de ter bom tempo.
A 29 de Dezembro de 1482, a ilha do Pico era integrada na Capitania do Faial, pela infanta D. Beatriz.

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Pico

A Ilha do Pico é a segunda maior ilha do Arquipélago dos Açores, pertencente a Portugal, distante 8,3 quilómetros da Ilha do Faial e 15 km da Ilha de São Jorge. Tem uma superfície de 447 km² e conta com uma população residente de 14 806 habitantes (em 2001). Mede 42 km de comprimento e 20 km de largura. Deve o seu nome à majestosa montanha vulcânica, a Montanha do Pico, que termina num pico pronunciado cujo topónimo é Pico Pequeno ou Piquinho. É a mais alta montanha de Portugal e a terceira maior montanha que emerge do Atlântico, atingindo 2 351 metros de altitude.

Administrativamente, a ilha é constituída por três concelhos: das Lajes do Pico e Madalena ambos com seis freguesias, e São Roque do Pico,com cinco freguesias.

Dispõe de Bandeiras, um moderno aeroporto regional, com ligações aéreas directas a Lisboa (TAP/SATA Internacional),Terceira (Lajes) e Ponta Delgada (SATA Air Açores). Tem ligações marítimas diárias (Transmaçor) com a cidade da Horta e vilas das Velas e Calheta. Durante os meses de Verão, usufrui de ligações marítimas com as restantes ilhas do arquipélago.

Geologia
Ilha do Pico vista da Fajã Grande, Calheta, ilha de São Jorge, Açores

A ilha emergiu de uma fractura tectónica de orientação ONO-ESSE – a mesma que deu origem à Ilha do Faial, denominada Fractura Faial-Pico, que se desenvolve ao longo de 350 km, desde a Crista Médio Atlântica (sigla CMA) até uma área a Sul da Fossa do Hirondelle.

Complexo Vulcânico da São Roque
Complexo Vulcânico da Lages...*Complexo Vulcânico da Madalena

História

A designação henriquina era Ilha de São Dinis. Na cartografia do século XIV, a ilha foi chamada de "Ilha dos Pombos". O seu povoamento foi iniciado em 1460, na fajã lávica das Lajes, mas tornou-se definitivo em 1483, quando Joss van Hurtere mandou fundar São Mateus. Em 29 de Dezembro de 1482, a ilha é integrada na Capitania do Faial pela Infanta D. Beatriz, em virtude de Álvaro de Orlenas não ter tomado posse da ilha.

Em 1501, Lajes do Pico é elevada a Vila e sede de concelho pelo Rei D. Manuel I. Em 1542 é a vez de São Roque do Pico e em 1712, a de Madalena.

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Montanha do Pico, Ilha do Pico.

Cultura e Património

Em Julho de 2004, o comité da UNESCO considerou a Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico como Património da Humanidade. A área engloba os lajedos das freguesias da Criação Velha e de Santa Luzia. A cultura da vinha domina a parte ocidental da ilha, sendo o famoso "Verdelho do Pico" cultivado em pequenas quadrículas de terreno, onde crescem as vinhas, separados por muros de basalto negro, feitos de pedra solta, chamados localmente de "currais".

Presentemente, pretende-se constituir um Parque Nacional na Ilha do Pico, englobando a área da Montanha do Pico e o Planalto Central. Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico

Outro património inclui: a Gruta das Torres, na Criação Velha; as Furnas de Frei Matias; Na Madalena, Museu do Vinho, instalado no antigo Convento das Carmelitas; o Museu da Indústria Baleeira, em São Roque do Pico; o Museu Regional dos Baleeiros, nas Lajes do Pico.

A Ilha do Pico inclui o sítio Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico, Património Mundial da UNESCO.

Tradições, festas e curiosidades

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Vista aérea da Ilha do Pico.

Festa e Procissão do Senhor Bom Jesus (São Mateus, Madalena), Semana dos Baleeiros (N. Sra. de Lurdes), Cais Agosto (Cais do Pico - S.Roque), Festa de São Roque, Festas de Santa Maria Madalena, Semana das Vindimas, Festas do Espírito Santo.

Economia

Os habitantes da ilha do Pico dedicam-se à agricultura, à pesca e à criação de bovinos. A vinha, outrora uma das grandes riquezas da ilha, que produzia o afamado vinho do Pico, exportado para a Inglaterra e para a América do Norte e que chegou a ser servido à mesa do próprio czar do Império Russo, foi gradualmente afectada pela praga do oídio, na segunda metade do século XIX.

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Freguesia de S. Roque do Pico

Actualmente, a produção é reduzida e as principais fontes de rendimento, no campo da agricultura, são os produtos hortícolas, a fruta e os cereais. A pecuária está muito desenvolvida, em especial no concelho de São Roque do Pico. A pesca é outra actividade importante. As indústrias da ilha estão, na sua quase totalidade, ligadas ao ramo alimentar: lacticínios, destilarias e moagens. No artesanato destaca-se a escultura em basalto e em osso de baleia, bem como rendas e bordados.

Gastronomia

A gastronomia da ilha é muito rica. A dificuldade prende-se com a escolha, devido à qualidade. O mar generoso oferece uma ampla variedade de matéria-prima para a confecção de deliciosos pratos. Os crustáceos como a lagosta, cavaco e o caranguejo, os moluscos encabeçados pela lapa e a craca, manjares inigualáveis, e os seus “primos” lula e polvo, base de pratos únicos como o “polvo guisado em vinho de cheiro”. Peixes de todos os tamanhos, formas, cores, texturas e sabores - abrótea, chicharro, moreia, (desconhecido no Continente, muito parecido com o bacalhau), írio, salema, cherne, garoupa, espadarte – tornam difícil a escolha. Cozidos, fritos ou grelhados são um pitéu, mas ainda podem oferecer-se num divinal “caldo de peixe” ou numa espectacular “caldeirada”.

Mas as pastagens picoenses não são menos pródigas, que o mar que as rodeia. As carnes de bovino e suíno mostram-se imbatíveis numa “molha de carne à moda do Pico”, com carne de vaca ou uns “torresmos”, a partir da carne de porco. A carne de bovino não é menos apetecível num bom bife. A de suíno, faz umas singulares “linguiças” e “morcelas”». Temos ainda os acompanhamentos, sólidos e líquidos, os queijos de São João e do Arrife, ambos a partir do leite de vaca, vão muito bem com um vinho verdelho e um pão de massa sovada. Quando não se deseja experimentar os dezasseis graus do verdelho, com medo de não se conseguir levantar, aconselha-se um “vinho de cheiro” ou um dos brancos ou tintos produzidos na ilha.

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Monte do Pico nevado visto da marina da Horta, Ilha do Faial.

Falar do vinho do Pico, é sinónimo de orgulho. A cultura da vinha está associada aos primeiros tempos do povoamento, nos finais do século XV. O vinho verdelho, a partir da casta do mesmo nome, ganhou reputação mundial ao longo dos séculos, chegando à mesa dos czares russos. A partir do século XIX são introduzidas novas castas que dão origem a vinhos de mesa brancos e tintos. O modo de cultivo, contra a aspereza dos terrenos vulcânicos quase sem terra vegetal, em currais, que são áreas muradas de pedra negra, de muito pequena dimensão, marca igualmente a cultura da Ilha do Pico.

A prova da importância local e mundial é o facto da UNESCO, em Julho de 2004, ter considerado a Paisagem Protegida de Interesse Regional da Cultura da Vinha da Ilha do Pico, criada em 1996, como Património Mundial da Humanidade. Currais, maroiços, que são diversos amontoados de pedra em forma de pirâmide, vinhas e adegas com os seus equipamentos, são elementos emblemáticos da vinha e do vinho».

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Formação rochosa do Cachorro

Por último uma vista pelos doces e os digestivos para ficarmos a saber mais sobre a doçaria local. Um bom prato de arroz doce, massa sovada ou rosquilhas. Para rematar, um bagaço do Pico, uma aguardente de figo ou um dos vários licores a partir de amora, nêspera ou de uma “angélica”.
Ilha do Faial
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Temas : |Concelho da Horta |Fauna e Flora(Zona da Caldeira) |

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Horta

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Canal do Faial


Situada no extremo ocidental do Grupo Central do Arquipélago dos Açores, a Ilha do Faial está separado da Ilha do Pico por um estreito de 8,3 km (ou 4,5 milhas náuticas) de largura - o Canal do Faial. Tem uma área de 172,43 km² e uma população residente de 15 063 habitantes (em 2001).

SITUAÇÃO GEOGRÁFICA
Situada a 38º 36’ Norte e 28º e 30’ Oeste, fica a 8,3 Km (4,5 milhas) da Ilha do Pico e a 26 Km (14milhas) de S. Jorge. Tem 173,4Km2 (67 milhas2), 21 Km (11,3 milhas) de comprimento e 14 km (7,5 milhas) de largura.

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Em 1924, Raúl Brandão chamou-a de "Ilha Azul" devido à grande quantidade de hortênsias (localmente chamados de novelos) que florescem ao longo das estradas, nos meses de Verão. Dispõe de um moderno Aeroporto Internacional, com ligações aéreas regulares inter-ilhas e directas com Lisboa, bem como de diversas ligações maritímas inter-ilhas.

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Geografia


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Com uma forma quase pentagonal, a ilha emergiu de uma fractura tectónica de orientação ONO-ESSE – a mesma que deu origem à Ilha do Pico, denominada Fractura Faial Pico, uma estrutura do tipo transformante leaky que se desenvolve ao longo de 350 km, desde a Crista Médio Atlântica (sigla CMA) até uma área a Sul da Fossa do Hirondelle.

As suas elevações convergem, de um modo geral, para o centro da ilha onde se ergue uma montanha vulcânica chamada de Cabeço Gordo, que atinge uma altitude máxima de 1 043 metros no seu bordo Sul. No seu topo, abre-se uma grande cratera de abatimento – a Caldeira. No seu fundo, situado a cerca de 570 metros acima do nível médio do mar, existe pequeno cone e onde se forma pequenos lagos.
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Geologicamente, a Ilha do Faial compreende 3 grandes divisões.

Período Pré-Caldeira
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Pertence ao "período Pré-Caldeira", o complexo vulcânico da Ribeirinha datado em 800 mil anos. É a parte mais antiga da ilha. Depois surge o complexo vulcânico dos Cedros, datado em 580 mil anos. Entre 400 mil anos até há 10 mil anos, foi-se desenvolvendo um cone vulcânico de tipo escudiforme, essencialmente constítuido por derrames lávicos e uma actividade eruptiva predominantemente efusiva.
Em resultado de uma importante actividade tectónica e vulcânica fissural, surgiu à cerca 50 mil anos, o Relevo Falhado da Costa Este. É bastante notório um relevo falhado com levantamento (horst; localmente chamados de Lombas) e afundamento (graben) de blocos rochosos visiveis. Em resultado disso, surgiram vários cones periféricos com derrames lávicos.

Formação da Caldeira
Há 10 mil anos, deu-se uma mudança de estilo eruptivo, quase exclusivamente explosiva, responsavel pelos vastos depósitos de pedras-pomes e outros materiais piroclásticos que cobrem quase toda a ilha. A formação da Caldeira parecer ter resultado de 2 episódios de colapso. O primeiro acontecimento ocorreu no seu interior.

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pedras-pomes

O segundo acontecimento foi originado por um violenta erupção do tipo pliniana (libertação uma "nuvem ardente"). O abatimento da cratera terá ocorrido ao mesmo tempo ou imediatamente depois da erupção.
 
Após esta erupção, mais de 40% da superfíce da ilha de então, são cobertos por camadas de materiais piroclásticos para Norte e Leste.

A maior parte da cobertura vegestal, senão a sua totalidade, foi destruída. Surgiram várias exurradas que resultaram de precipitação intensa (resultante da condensação em torno das poeiras vulcânicas presentes na atmosfera), do relevo íngreme e da inconsistência do solo. Poderá encontrar nas falésias da Praia do Norte, vestígios das mesmas.

Posteriormente, há cerca cerca de mil anos, ocorreu nova erupção com derrame lávico no interior da Caldeira. Desconhece-se qual a idade do pequeno cone no seu interior, e se este, estará relacionado com o complexo vulcânico do Capelo. A Caldeira é constituia por um acumulamento de materiais de projecção – de pedra pomes e cinzas, que atingem notável espessura nas proximidades na borda da cratera, diminuindo gradualmente à medida que se afastam da cratera central.
Segundo a descrição dada pelo Padre Gaspar Frutuoso (1570-1580), a Caldeira manteve-se práticamente idêntica até à Erupção dos Capelinhos, em Setembro de 1957. No decurso da Crise Sísmica de Maio de 1958, abriram fendas no seu interior que romperam a impermealização do fundo da Caldeira. Este facto levou ao escoamento de suas águas para interior do cone central desencadeando violentas explosões freáticas e ocorrência de actividade fumarólica temporária. Em resultado do Sismo de 9 de Julho de 1998, deram-se derrocadas nas paredes quase verticais da cratera.

Período Pós-Caldeira

Pertence a este periodo o complexo vulcânico do Capelo, datado em 4/5 mil anos. Em resultado de uma importante actividade vulcânica fissural ao longo de uma linha de factura, surgiu um alinhamento de cones. Aqui se registaram 2 erupções históricas que destruiram as freguesias do Capelo e da Praia do Norte:
  • erupção do Cabeço do Fogo, em 1672-73.
  • erupção na Ponta dos Capelinhos, em 1957-58.
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Durante o Século XX, a ilha registou fortes sismos de origem tectónica, em 31 de Agosto de 1926, em 23 de Novembro de 1973 e o de 9 de Julho de 1998.

História

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Myrica faya (Faia-das-ilhas)

Deve o seu actual nome a abundância de árvores de faia-das-ilhas (lat. Myrica faya) aquando do seu povoamento. Em 1460, a designação henriquina era "Ilha de São Luís [de França]". Na cartografia do Século XIV, a ilha aparece pela primeira vez individualizada no Atlas Catalão de 1375-1377, como "Ilha da Ventura". No ano de 1432, Gonçalo Velho Cabral terá achado as ilhas do Grupo Central. Diogo de Teive passa ao largo da Ilha do Faial na sua 1.ª viagem de exploração para Ocidente do Mar dos Açores, em 1451.

Povoamento

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Cidade da Horta

O relato da primeira expedição à Ilha do Faial pertence a Valentim Fernandes da Morávia. Ele nos diz que o confessor da Rainha de Portugal, Frei Pedro, indo a Flandres, como embaixador para a Duquesa de Borgonha, Infanta D. Isabel de Portugal, relacionou-se com um nobre flamengo chamado Joss van Hurtere, ao qual contou "como se acharam as ilhas em tal rota e que havia nelas muita prata e estanho (porque para ele, as ilhas dos Açores eram as supostas ilhas Cassitérides)". Hurtere demoveu 15 homens de bem, trabalhadores, "dando a mesmo a entender, de como lhes faria ricos" se lhe o acompanharem.
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Duquesa de Borgonha Infanta D. Isabel de Portugal

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Por volta de 1465, Hurtere desembarca pela primeira vez na ilha, juntamente com mais 15 flamengos, com o fim de achar os ditos metais preciosos. Os primeiros povoadores terão desembarcado primeiramente no areal da enseada da Praia do Almoxarife. Permaneceram na ilha durante 1 ano, na Lomba dos Frades, até que se esgotam os mantimentos que tinham trazido. Revoltados por não encontrarem nada do que lhes fora prometido, os seus companheiros andaram para o matar, que com esperteza escapou da ilha, voltando para a Flandres comparecendo novamente perante a Duquesa da Borgonha. (Crónicas da Província de São João Evangelista, Frei Agostinho de Monte Alverne).

Por volta de 1467, Hurtere regressa numa expedição organizada sob o patrocínio da Duquesa da Borgonha. Ela mandou homens e mulheres de todas as condições, e bem assim como padres, e tudo quanto convém ao culto religioso, e além de navios carregados de móveis e de utensílios necessários à cultura das terras e à construção de casas, e lhes deu, durante 2 anos, tudo aquilo de que careciam para subsistir, segundo legenda feita pelo geográfo alemão Martin Behaim no Globo de Nuremberga. Valentim Fernandes acrescenta um pormenor, por rogo da dita Senhora, os homens que mereciam morte civil mandou que fossem degredados para esta ilha.


Ainda não satisfeito com o local, Hurtere decide contornar a Ponta da Espalamaca. Próximo do local de desembarque mandou erguer a Ermida de Santa Cruz (onde hoje existe a Igreja de N. Sra. das Angústias). Hurtere regressa a Lisboa e casa-se com D. Beatriz de Macedo, criada da Casa do Duque de Viseu. O Infante D. Fernando, Duque de Viseu e Mestre da Ordem de Cristo, fez-lhe doação da Capitania do Faial, em 21 de Março de 1468. Por volta de 1470, desembarca Willelm van der Hagen, que aporteguesou o seu nome para Guilherme da Silveira, liderando uma segunda vaga de povoadores. O rápido crescimento económico da ilha ficou a dever-se à cultura de trigo e do pastel.


É o Padre Gaspar Frutuoso que conta a história de que o primeiro povoador teria sido um eremita vindo do Reino. Este vivia só apenas com algum gado miúdo que nela deitaram os primeiros povoadores (em 1432?), e mais tarde, os moradores da Ilha da Terceira. "Somente no Verão iam pessoas da Terceira a suas fazendas e visitar seus gados e comunicavam com este ermitão." Ele acabaria por desaparecer ao fazer a travessia do Canal do Faial para ir até à Ilha do Pico, numa pequena embarcação revestida de couro. (Saudades da Terra, Vol. VI, Cap. 37)

Tradições, Festas e Curiosidades


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Festa do Sr. Santo Cristo da Paia do Almoxarife (1 de Fevereiro); Festa de São João Baptista, padroeiro da nobreza da ilha (24 de Junho), Festas do Culto do Divino Espírito Santo; Festa de N. Sra. das Angústias (), Semana do Mar; Festa de N. Sra. da Graça, na Paia do Almoxarife (); Festa de N. Sra. de Lurdes, na Feteira (), Festa de Santa Cecília, na Matriz, padroeira dos músicos (25 de Novembro), Festa de Santa Catarina de Alexandria de Castelo Branco (), Festa de N. Sra. da Conceição (8 de Dezembro).

A nível de artesanato destacam-se as miniaturas em míolo de figueira que retratam cenas do dia-a-dia, edifícios, flores, animais e pequenos navios, sendo Euclides Silveira da Rosa, o mestre mais conhecido desta arte.
A arte popular também engloba esculturas em osso de cachalote, objectos em vime, os bordados de crivo, bordados em ponto de cruz, bordados a palha de trigo sobre tule; as flores de escama de peixe, as toalhas de papel recortado e chapéus e bolsas de palha. Não deixe de conhecer no Capelo, a Escola de Artesanato, pelo trabalho desenvolvido na divulgação do artesanato local e regional, bem como na formação de novos artesãos.

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Esculturas em osso de cachalote
Dentre as personalidades ligadas ao concelho que mais se distinguiram destaca-se: o Duque de Ávila e Bolama e Dr. Manuel de Arriaga, na política (o 1.º Presidente da República Portuguesa); Dr. João José da Graça, no jornalismo; Sário Nunes, na música; Marquês de Ávila e Bolama, como militar e geodesista; e Dr. José de Arriaga, no papel de historiador.

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Duque de Ávila e Bolama         Dr. Manuel de Arriaga    

Economia
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Rua da Cidade da Horta

O concelho da Horta tem um sector primário forte na área da agro-pecuária e em que a área agrícola ocupa 28% da área total da ilha. O cultivo é praticado em pequenas explorações, destacando-se as culturas forrageiras, a horta familiar, as culturas de citrinos, bananas, trigo e milho. Na pecuária, destaca-se a criação de gado suíno e bovíno. A actividade piscatória, nomeadamente a pesca do atum, é outro pilar importante na sua substistência. Outrora, a indústria baleeira ("caça à Baleia") foi outra fonte de sua subsistência.
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Queijo Ilha Azul - C.A.L.F

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Apresenta uma baixa densidade florestal, de 14,1%, que corresponde a uma área florestal de 645 ha, salientando-se a faia-das-ilhas, para além de cedros-do-mato, zimbros e fetos. Quanto ao sector secundário, é de referir uma moderna indústria - de lacticinios, de carnes de muita boa qualidade e de panificação. No sector terciário, o Turismo é a actividade económica de maior importância na ilha, que resulta fundamentalmente do movimento gerado pela passagem dos veleiros e cruzeiros que travessam o Atlântico Norte e do turismo sansonal às ilhas. Dispõe de várias e execelentes instalações hoteleiras com pessoal qualificado, e regista-se o grande interesse no desenvolvimento do Turismo Rural e do Eco-turismo.

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Baleias
 
As principais actividades e atracções turísticas que se podem encontrar no concelho consiste no hipísmo, desportos náuticos, excursões de observação de cetáceos (baleias, cachalotes e golfinhos), mergulho e fotografia subaquática, bem como passeios pedrestres e maritímos. 

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lha do Faial

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Mapa da ilha do Faial mostrando a divisão administrativa (freguesias) e a localização da cidade da Horta.
A ilha do Faial situa-se no extremo ocidental do Grupo Central do arquipélago dos Açores, separada da ilha do Pico por um estreito braço de mar com de 8,3 km (ou 4,5 milhas náuticas) de largura, conhecido por canal do Faial. A ilha tem a forma aproximada de um pentágono irregular, com 21 km de comprimento no sentido leste-oeste e uma largura máxima de 14 km, a que corresponde uma área de 172,43 km². A população residente é de 15 063 habitantes (2001), a maioria dos quais na Horta, cidade onde se localiza o parlamento açoriano e sede do único concelho da ilha. O clima é temperado oceânico, com temperaturas médias anuais do ar que oscilam entre os 13º C no Inverno e os 22°C no Verão, com frequentes vendavais e uma humidade relativa do ar em média acima dos 79%. A ilha é servida pelo Aeroporto da Horta, com ligações aéreas regulares para as restantes ilhas e para o exterior do arquipélago. O Porto da Horta foi um importante entreposto nas ligações marítimas e aéreas (hidroaviões) e por cabo submarino no Atlântico Norte, mantendo uma actividade relevante como porto comercial e local de escala de iates nas travessias entre o continente americano e a Europa. A ilha é localmente conhecida por ilha Azul, designação que foi popularizada a partir da descrição de Raul Brandão em Ilhas 

Relevo vulcânico da Ilha do Pico (Açores)


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Quantcast
A ilha do Pico com 2351 metros de altitude É um relevo com uma forma típica em cone, característica das ilhas vulcânicas. É o ponto mais alto de Portugal ( a Serra da Estrela tem 1990 metros de altitude).  Durante o Inverno a Ilha do Pico pode ter neve a partir dos 1200 metros de altitude. De reparar que quando esta fotografia foi obtida, o andar de núvens que ficava abaixo do ponto mais elevado. O mapa topográfico da ilha é um caso bem ilustrativo deste tipo de relevo. As curvas de nível dispôem-se de uma forma concêntrica, tendo valor mais elevado no centro e mais baixo junto ao litoral, conferindo uma forma em cone muito nítida. De notar também que o declive é bem mais elevado junto ao topo do que na base do vulcão, como se pode ver pela maior proximidade das curvas de nível junto ao topo. Assim, quem quiser escalar o Pico tem que se preparar para enfrentar a parte mais dura precisamente no fim, quando se está mais cansado. Um outro aspedcto interessante é verificar a organização da rede hidrográfica. Tem uma estrutura radiocêntrica, escoando do centro (onde estão as altitudes mais elevadas) para a periferia (litoral, altitudes mais baixas). Os rios são visíveis no mapa topográfico como entalhes mais ou menos vigorosos nas vertentes do vulcão.